Durante o encontro, o grupo debateu sobre iniciativas focadas na gestão integrada, sustentável e responsável do açude, cartão-postal do Campus do Pici

Iniciativas para a co-gestão do açude Santo Anastácio congregam inovação, gestão sustentável e parceria entre comunidade e academia / Foto: Divulgação

Na tarde desta terça-feira, 1, a equipe do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS), em reunião com o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Prof. Custódio Almeida, debateu sobre o conjunto de iniciativas para a gestão coordenada, inclusiva e transparente do Açude Santo Anastácio (ASA). O objetivo é que as ações, somadas aos esforços da sociedade civil e da comunidade acadêmica, façam do ASA uma referência nacional na gestão de águas urbanas.

Principal cartão-postal do Campus do Pici, o açude recebe águas da Lagoa da Parangaba através de um canal de drenagem. Atualmente, o local enfrenta graves desafios ambientais, como poluição e a proliferação de macrófitas aquáticas, conhecidas como aguapés. Samiria Maria, professora e pesquisadora do CEPAS, destaca que as iniciativas em curso visam transformar o açude em um verdadeiro laboratório a céu aberto, incorporando ações de governança, planejamento, educação, extensão e pesquisa.

Durante o encontro, o grupo discutiu sobre o Plano de Manejo e Remediação do ASA (Planasa), estratégia voltada para a recuperação ambiental da bacia, o controle da poluição, o manejo de recursos como água, solo e resíduos, além do aproveitamento das macrófitas para a produção de biogás. A criação do programa Açude Escola também foi destaque na reunião. A ideia é que o programa se torne uma ferramenta para ajudar os cursos de graduação a curricularizarem suas extensões. “Inicialmente, esse programa Açude Escola tanto vai ser uma porta para desenvolver as atividades de extensão dos próprios alunos da universidade, mas ele também vai ser usado para treinar e capacitar técnicos das instituições ligadas à gestão de recursos hídricos”, explica a pesquisadora.

Outra proposta discutida na reunião foi a co-gestão do açude Santo Anastácio, com foco na criação de um modelo colaborativo de governança. A ideia é envolver governo, comunidades locais, ONGs e instituições acadêmicas em um esforço conjunto para a tomada de decisões e implementação de ações voltadas à preservação e recuperação do açude. Essas ações, aliadas ao engajamento comunitário e à aplicação científica, têm como objetivo consolidar o ASA como um modelo de gestão sustentável, inovação e recuperação ambiental, trazendo benefícios tanto para o ecossistema quanto para a sociedade.



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