Seca em Jogo: recurso metodológico inovador para gestão da secas ganha destaque em revista internacional

Publicada na revista Journal of Hydrology, ferramenta sócio-hidrológica aumenta a participação da sociedade na elaboração de planos para a gestão de secas Desenvolvido por pesquisadores da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em parceria com o CEPAS, o projeto “Seca em Jogo” ganhou destaque na revista internacional Journal of Hydrology, no mês de junho. O objetivo do jogo é aumentar a participação de forma eficaz e equilibrada entre os atores sociais envolvidos na elaboração dos planos de gestão de secas dos hidrossistemas atendidos. O artigo está disponível, gratuitamente, até o dia dois de agosto.  O texto propõe uma ferramenta metodológica que facilita a compreensão de conceitos-chaves para a gestão de recursos hídricos na elaboração dos Planos de Gestão Proativa de Seca. A partir da aplicação do “Seca em Jogo” durante as etapas de construção dos planos, os desequilíbrios de poder e  as disparidades de conhecimento entre os atores sociais são reduzidos. O jogo permite que os participantes simulem a gestão coletiva de um reservatório de uso comum. Os recursos combinam elementos hidrológicos com aspectos sociais, como tomada de decisão, cooperação e conflitos. O objetivo é que os jogadores discutam estratégias e elaborem um plano de gestão eficiente com as cartas disponíveis. Na vida real, o “Seca em Jogo” faz parte da etapa de cenarização dos Planos de Gestão Proativa de Seca. “Ele entra como uma estratégia de aprimoramento da participação da sociedade na construção desses planos, onde os jogadores têm o objetivo de simular o açude durante o período de seca”, explica Daniel Cid, pesquisador responsável pelo desenvolvimento do projeto. Prêmio ANA – Em 2023, o projeto foi finalista da 8ª Edição do Prêmio ANA, na categoria Educação – Ensino Superior e Pesquisa. A premiação tem o objetivo de reconhecer o mérito de iniciativas que se destaquem pela excelência de sua contribuição para a promoção da segurança hídrica, da gestão e do uso sustentável dos recursos hídricos, e para soluções voltadas à melhoria e ampliação dos serviços públicos de saneamento básico, visando ao desenvolvimento sustentável do Brasil. Veja mais em: https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/noticias-e-eventos/noticias/conheca-os-trabalhos-finalistas-do-premio-ana-2023

Pesquisadores do CEPAS participam de missão para desenvolver o Projeto Público de Irrigação do Baixio Do Irecê, na Bahia

Durante a viagem, a equipe realizou a etapa de diagnóstico preliminar sobre os aspectos normativos e regulatórios relacionados à irrigação e aos perímetros públicos Nos dias 3 e 4 de julho, pesquisadores do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS) realizaram uma visita técnica ao Projeto Público Irrigação do Baixio Do Irecê (PPIBI), no município de Xique-Xique, na Bahia. A equipe contou com a participação do professor Rogério César Pereira, atual chefe do Departamento de  Economia Agrícola (DEA), e Gabriela de Azevedo, engenheira ambiental e pesquisadora do CEPAS, além de técnicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), responsáveis pela articulação da visita. O projeto Regulação dos Perímetros Públicos de Irrigação é resultado de uma parceria entre a ANA e a Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio da Fundação de Apoio a Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas (FASTEF) e realização do CEPAS. O projeto propõe a elaboração de uma pesquisa com recomendações sustentáveis sobre a regulação de contratos de irrigação no Brasil, promovendo o conhecimento técnico para o aprimoramento do arcabouço normativo do setor de irrigação nacional. As atividades preveem o estudo do cenário atual dos perímetros irrigados no Brasil, nos âmbitos normativos, institucionais e operacionais. A partir desses estudos é possível compreender as tendências internacionais acerca do setor com base no intercâmbio de ideias, visitas técnicas estratégicas e contato com consultores nacionais e internacionais. No Brasil, os projetos de irrigação ganharam força após a seca de 1977-1979, evento que ocasionou milhares de mortes, multiplicações de epidemias e ondas de migrações. O principal objetivo dessas iniciativas foi reduzir os impactos da seca e promover o desenvolvimento regional dos territórios afetados. Em 2020, o PPIBI foi qualificado pelo Programa de Parcerias de Investimento do Governo Federal, após a concessão de licenças ambientais pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Durante a visita técnica, os pesquisadores articularam o contato com a equipe responsável pela gestão e manutenção do Baixio do Irecê, além de visitar lotes de irrigação e conversar com agricultores e irrigantes locais. As ações fazem parte da etapa de diagnóstico preliminar do Projeto Regulação dos PPIs, financiado pela ANA. Nessa fase, os pesquisadores realizam o levantamento dos perímetros públicos existentes no país, a caracterização e os estudos dos aspectos normativos e regulatórios relacionados à irrigação e aos perímetros públicos.  O PPI do Baixio de Irecê possui nove (9) etapas, sendo que as etapas 1 e 2 estão implantadas. Essas duas etapas são atendidas por um canal de 42 km de extensão, que está em pleno funcionamento, ou seja, com água sendo mantida na cota programa para atender a demanda de irrigação dessas etapas. Os próximos passos incluem mais visitas em outros PPIs, mantidos sob diferentes modelos de gestão, complementação das informações levantadas para o diagnóstico, execução de grupos focais com órgãos institucionais (Codevasf e DNOCS + PPIs selecionados) e seminários com especialistas e tomadores de decisão”.  Gabriela de Azevedo conta que a visita técnica foi fundamental para estabelecer pontos focais na Codevasf e na Germina, etapa que possibilitou aos pesquisadores uma maior compreensão do modelo de parceria público-privada recém estabelecido no PPI. A partir daí, foi possível diagnosticar os desafios atrelados à gestão de PPI. “Esse perímetro, especificamente, acarretou o primeiro leilão de PPIs no Brasil e é o maior, em área total, do país e da América Latina. É também inovador no modelo de participação do setor privado na gestão do perímetro”, explica a engenheira.

Gestão e planejamento proativo de secas é destaque no I Seminário de Estudos Estratégicos – Seca no Nordeste: Soluções Hídricas e Desafios Estratégicos

Professor Francisco de Assis, coordenador do CEPAS, é um dos palestrantes no evento realizado pelo Comando da 10ª Região Militar do Exército e do Banco do Nordeste Entre os dias 01 e 02 de agosto, foi realizado o I Seminário de Estudos Estratégicos da 10ª Região Militar, reunindo especialistas e profissionais de diversas instituições públicas e privadas para discutir sobre o tema “Seca no Nordeste: soluções hídricas e desafios estratégicos”. O professor Francisco de Assis de Souza Filho, Cientista Chefe de Recursos Hídricos do Estado do Ceará e diretor do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Água e Secas (CEPAS), é um dos palestrantes do encontro, que acontece no auditório do Centro Administrativo do Banco do Nordeste, sede Passaré. A gestão e o planejamento proativo de secas, ações desenvolvidas em projetos do CEPAS, vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC),  foram destaques na apresentação. Para ele, o evento iniciou discutindo pautas importantes para se pensar a seca no Nordeste, incluindo a perspectiva de uma visão estratégica, a participação pública e a rede de colaboração. “Se o planejamento é estratégico, a gente tem que ter também um planejamento operacional, tático”, explica ao dimensionar as abordagens referentes ao Plano Proativo de secas, que prevê ações técnicas e econômicas projetadas com antecedências ao evento da seca. Ao longo de sua fala, o professor destacou tópicos importantes, propondo uma avaliação das questões relacionadas à estiagem na região. Além dos impactos históricos, problemas sistêmicos e resiliência social, foram abordadas as causas e as consequências da variabilidade e das mudanças climáticas na ocorrência das secas, assim como as estratégias de adaptação dos recursos hídricos. Ao falar sobre a Alocação de Água e Gestão de Conflitos, Francisco de Assis de Souza Filho explica que gerenciar água é gerenciar conflitos. “Existem conflitos associados à questão de recursos hídricos. Lidar com esses conflitos do ponto de vista institucional e construir mecanismos para transformar conflitos em colaboração são caminhos importantes que a Lei 9.433, de 97, tentou construir”, reforça. De acordo com o professor, a Alocação Negociada de Água desempenhou um papel crucial na redução dos conflitos sociais ao promover um aumento na participação pública e uma gestão colaborativa. O Seminário prevê a construção de parcerias de longo prazo entre atores públicos e privados, academia e setor produtivo, no âmbito do Ceará e do Piauí, que promovam a integração de esforços, a inovação, o planejamento estratégico, a geração de consciência situacional e o fortalecimento de iniciativas conjuntas capazes de contribuir para o enfrentamento da seca no semiárido nordestino. O objetivo é estimular e apoiar iniciativas de pesquisas, conduzidas por instituições sediadas no Ceará e Piauí, sobre temas que apresentem soluções hídricas para a seca na região Nordeste, no contexto do século XXI. Além de cooperar para o desenvolvimento e a difusão de pesquisas e estudos sobre a problemática histórica da seca no semiárido nordestino, além do acompanhamento da conjuntura e a atualização de cenários em nível estratégico.

Projeto de Lei em tramitação no Congresso propõe nova Política Nacional de Infraestrutura Hídrica

PL 4546/2021 pode impactar a Lei das Águas e comprometer o modelo de gestão dos recursos hídricos no Ceará O Projeto de Lei (PL 4546/2021), atualmente em tramitação no Congresso Nacional, propõe a criação de uma Política Nacional de Infraestrutura Hídrica. Para avaliar as possíveis consequências desse PL para o Estado, especialmente para o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) promoveu um debate nesta terça-feira, 17, realizado no auditório da sede da Cogerh, com transmissão online. O evento contou com a participação do Cientista-Chefe em Recursos Hídricos, Prof.  Francisco de Assis de Souza Filho. O professor explica que um dos principais impactos desse projeto pode ser o aumento do valor da água. “Essa questão do pagamento pelo serviço hídrico também encarece o valor da água para os diferentes usuários. A indústria do abastecimento urbano, a lógica da remuneração desse capital, vai ser investido na operação e na manutenção desse sistema por essas empresas privadas, que vão querer auferir algum lucro para ratear seus acionistas”, conta.  O pesquisador também revela a possibilidade da criação de um mercado da água em torno da outorga onerosa, cenário que pode acarretar no aumento do número de conflitos na região. “O segundo ponto que tem nessa lei é a outorga onerosa, que é a possibilidade de transferir água de um usuário para o outro. Então isso pode gerar um mercado de água aqui no Brasil, especificamente no Ceará. A gente não tá preparado para um sistema de mercado”, alerta.  O assessor da presidência da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Francisco Teixeira, também expressa preocupação com as mudanças propostas pelo projeto de lei. “É um PL que, se transformado em lei, vai trazer prejuízos para a Política Nacional de Recursos Hídricos, mas também para a nossa Política Estadual de Recursos Hídricos do Ceará. Sobretudo, para a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos, já que pode fazer com que os reservatórios federais sejam concedidos à iniciativa privada”, reforça. Para ele, a inclusão de uma perspectiva de mercado sobre a operação e manutenção da infraestrutura hídrica e na alocação negociada de água reduziria o caráter democrático, integrado e descentralizado do processo. Atualmente baseado na descentralização e na participação de diversos atores ligados à administração dos recursos hídricos, o modelo de gestão estabelecido pela Lei das Águas (Lei nº 9.433/1997) pode se tornar mais centralizado e voltado para soluções de infraestrutura. O projeto de lei pode modificar a distribuição de responsabilidades entre os diferentes níveis de governo, podendo impactar a autonomia dos estados na gestão de seus recursos hídricos.  Focado em projetos de infraestrutura, a proposta também pode influenciar no planejamento e na execução dessas obras, alterando a forma como os fundos são alocados e criando novos mecanismos de financiamento. Essas mudanças podem ter um impacto direto na forma como as necessidades locais são atendidas e na gestão geral dos recursos hídricos no país.

CEPAS realiza nova etapa de treinamento de equipes dos Planos de Gestão Proativa de Seca em Hidrossistemas

CEPAS realiza nova etapa de treinamento de equipes dos Planos de Gestão Proativa de Seca em Hidrossistemas O treinamento capacita grupos de trabalho na aplicação da metodologia apresentada na primeira fase Evento reuniu representantes de diferentes órgãos ligados à gestão de recursos hídricos no Ceará / Foto: Equipe CEPAS No dia 27 de setembro, o Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS) promove a segunda oficina sobre a aplicação da metodologia para desenvolver Planos de Gestão Proativa de Secas. O evento reunirá representantes de diversos órgãos ligados à gestão de recursos hídricos no Centro de Convivências da Universidade Federal do Ceará (UFC), com atividades das 8h às 17h15.  O objetivo é capacitar as equipes responsáveis pelos Planos de Gestão Proativa de Seca em Hidrossistemas do Ceará, seguindo a metodologia adotada em outras iniciativas. Nesta segunda fase, os participantes são incentivados a trocar experiências e aplicar um questionário junto à Comissão Gestora, além de discutir diagnósticos e elaborar um plano de ação. As equipes também utilizarão o “Seca em Jogo”, uma ferramenta inovadora que visa informar, engajar e promover a participação ativa da sociedade na criação de planos proativos de gestão de secas. Desenvolvido por pesquisadores do Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos da Funcap, em parceria com a UFC, a Funceme e a Cogerh, e com o apoio da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará e da Cirad, o jogo permite que os participantes simulem a gestão coletiva de um reservatório e discutam estratégias para um plano de gestão eficiente. Na primeira etapa da oficina, os participantes discutiram os conceitos históricos e socioeconômicos da seca. Os grupos também conheceram a Política de Recursos Hídricos do Ceará e a metodologia participativa utilizada na elaboração dos Planos de Seca já implementados. A segunda fase da oficina aprofunda esses trabalhos, permitindo que os participantes coloquem em prática o que foi aprendido.

Seminário da Experiência Nacional na Regulação de Serviços de Irrigação

O Seminário da Experiência Nacional na Regulação de Serviços de Irrigação é um espaço dedicado à troca de conhecimentos e práticas sobre a regulação e gestão de serviços de irrigação no Brasil. O evento reúne especialistas, gestores públicos, acadêmicos e representantes do setor produtivo para debater temas como eficiência no uso da água, sustentabilidade ambiental, inovação tecnológica e políticas públicas voltadas à agricultura irrigada. Com uma programação diversificada, o seminário abordará modelos regulatórios, boas práticas de gestão hídrica, integração entre atores do setor e apresentação de casos de sucesso. É uma oportunidade única para discutir os desafios e propor soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da irrigação no país.

XVII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste

A ABRHidro e entidades parceiras têm o prazer de anunciar o nosso tão aguardado XVII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, que acontecerá na encantadora cidade de João Pessoa, Paraíba, de 24 a 29 de novembro de 2024. Este evento marca um importante capítulo em nossa jornada após o sucesso do último simpósio, realizado há dois anos em Caruaru-PE. Neste cenário paradisíaco, na capital paraibana, teremos a oportunidade de nos reunirmos novamente e renovar os laços que os simpósios anteriores nos proporcionaram. Este será um momento de reencontro de velhos amigos, bem como de estabelecimento de novas conexões, e uma rica troca de ideias nos aguarda. O tema central deste simpósio é “Gestão Inteligente dos Recursos Hídricos no Nordeste do Brasil: Utilização de Inteligência Artificial e Big Data para Prever, Mitigar e Responder a Eventos Extremos”. Abordaremos questões cruciais relacionadas à aplicação de tecnologias de ponta para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e garantir a segurança hídrica da região Nordeste. Com importância e abrangência nacional, o XVII SRHNE contará com grandes palestrantes de âmbitos nacional e internacional, trazendo ricas e estimulantes discussões para os participantes. João Pessoa oferece beleza natural, cultura rica e pontos turísticos memoráveis, incluindo praias deslumbrantes, o Centro Histórico, o famoso pôr do sol na Praia do Jacaré, o Farol do Cabo Branco (ponto mais oriental das Américas) e o Parque Solon de Lucena, conhecido como Lagoa. É o cenário perfeito para nossos encontros e discussões. Esperamos contar com a sua presença em João Pessoa para tornar este simpósio mais um marco em nossa jornada de compartilhamento de conhecimento e busca por soluções inovadoras para os desafios hídricos em nossa região. Mal podemos esperar para recebê-los em nosso evento e desfrutar juntos de momentos enriquecedores e inspiradores. Até breve em João Pessoa!

Gestão do Açude Santo Anastácio é tema de reunião entre equipe do CEPAS e a reitoria da UFC

Durante o encontro, o grupo debateu sobre iniciativas focadas na gestão integrada, sustentável e responsável do açude, cartão-postal do Campus do Pici Iniciativas para a co-gestão do açude Santo Anastácio congregam inovação, gestão sustentável e parceria entre comunidade e academia / Foto: Divulgação Na tarde desta terça-feira, 1, a equipe do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS), em reunião com o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Prof. Custódio Almeida, debateu sobre o conjunto de iniciativas para a gestão coordenada, inclusiva e transparente do Açude Santo Anastácio (ASA). O objetivo é que as ações, somadas aos esforços da sociedade civil e da comunidade acadêmica, façam do ASA uma referência nacional na gestão de águas urbanas. Principal cartão-postal do Campus do Pici, o açude recebe águas da Lagoa da Parangaba através de um canal de drenagem. Atualmente, o local enfrenta graves desafios ambientais, como poluição e a proliferação de macrófitas aquáticas, conhecidas como aguapés. Samiria Maria, professora e pesquisadora do CEPAS, destaca que as iniciativas em curso visam transformar o açude em um verdadeiro laboratório a céu aberto, incorporando ações de governança, planejamento, educação, extensão e pesquisa. Durante o encontro, o grupo discutiu sobre o Plano de Manejo e Remediação do ASA (Planasa), estratégia voltada para a recuperação ambiental da bacia, o controle da poluição, o manejo de recursos como água, solo e resíduos, além do aproveitamento das macrófitas para a produção de biogás. A criação do programa Açude Escola também foi destaque na reunião. A ideia é que o programa se torne uma ferramenta para ajudar os cursos de graduação a curricularizarem suas extensões. “Inicialmente, esse programa Açude Escola tanto vai ser uma porta para desenvolver as atividades de extensão dos próprios alunos da universidade, mas ele também vai ser usado para treinar e capacitar técnicos das instituições ligadas à gestão de recursos hídricos”, explica a pesquisadora. Outra proposta discutida na reunião foi a co-gestão do açude Santo Anastácio, com foco na criação de um modelo colaborativo de governança. A ideia é envolver governo, comunidades locais, ONGs e instituições acadêmicas em um esforço conjunto para a tomada de decisões e implementação de ações voltadas à preservação e recuperação do açude. Essas ações, aliadas ao engajamento comunitário e à aplicação científica, têm como objetivo consolidar o ASA como um modelo de gestão sustentável, inovação e recuperação ambiental, trazendo benefícios tanto para o ecossistema quanto para a sociedade.

Encontro 10 Anos do Monitor de Secas termina com compartilhamento de experiências nacionais e internacionais sobre acompanhamento de secas

Renato Senna, Maycon Castro e Samanta Lacerda apresentam o painel com o tema O Panorama da Seca no Amazonas em 2023/24 e o Uso do Monitor de Secas como Auxílio à Gestão Com uma série de apresentações técnicas com nomes de referência no monitoramento de secas, em Fortaleza (CE), no Hotel Oásis Atlântico, terminou o Encontro 10 Anos do Monitor de Secas. O evento foi realizado em 21 e 22 de agosto pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) com o intuito de reunir especialistas brasileiros e estrangeiros para debater a primeira década de trabalho do Programa Monitor de Secas. Além disso, foram discutidas as perspectivas, como a expansão do trabalho para a América do Sul, e pontos que precisam ser aperfeiçoados nessa iniciativa realizada por uma rede com mais de 60 instituições federais, estaduais e distrital. Estiveram presentes ao segundo dia de evento a diretora da Agência Ana Carolina Argolo e os diretores interinos da ANA Marco Neves e Nazareno Araújo. Diferente do primeiro dia, que contou com a participação de autoridades e especialistas internacionais, esta quinta-feira teve um foco mais nacional e regional sobre os trabalhos realizados pela equipe que faz o Monitor de Secas acontecer. Coordenadora de Articulação para a Gestão de Eventos Críticos da ANA, Alessandra Daibert, fala no painel O Monitor de Secas do Brasil: Perspectivas e Desafios Nesta sexta-feira, 22, o painel O Monitor de Secas do Brasil: Onde Estamos Após uma Década de Jornada abriu a programação e foi apresentado pela especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico da ANA Priscila Gonçalves. A servidora abordou todo o processo de expansão do Monitor, que inicialmente cobria somente o Nordeste e que foi ampliado para todo o Brasil entre 2018, com a entrada de Minas Gerais, e 2024, com a inclusão do Amapá como último estado a entrar no Mapa do Monitor. Em seguida ocorreu o painel O Monitor de Secas do Brasil: Perspectivas e Desafios com palestra da coordenadora de Articulação para a Gestão de Eventos Críticos da Agência, Alessandra Daibert. A apresentação seguinte foi sobre o tema Planos de Contingência de Secas no Ceará e teve palestra do presidente da FUNCEME, Eduardo Martins, com a participação do diretor-geral do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS), o professor Francisco de Assis Filho. Com um foco em comunicação, o coordenador de Relacionamento com a Imprensa e Comunicação Institucional da ANA, Raylton Alves, apresentou o painel O Monitor de Secas como Realidade na Pauta da Imprensa do Brasil. Com participação de Alessandra Daibert, o servidor da Agência abordou como o Monitor de Secas entrou no noticiário dos veículos de comunicação de abrangência regional e nacional. O painel seguinte tratou do tema O Panorama da Seca no Amazonas em 2023/24 e o Uso do Monitor de Secas como Auxílio à Gestão com as participações de Renato Senna, Maycon Castro e Samanta Lacerda representando o estado. Eles compartilharam informações sobre a evolução da seca de 2023/2024 na Amazônia Ocidental e o uso do Monitor de Secas na formulação de políticas públicas e como ferramenta para a tomada de decisão, como no caso da edição de decretos tanto de situação de emergência quanto de emergência ambiental no Amazonas. Presidente da FUNCEME, Eduardo Martins, apresenta painel Planos de Contingência de Secas no Ceará Por sua vez, os representantes rondonienses Fábio Saraiva e Cledmar Carneiro fizeram palestras sobre temas complementares. Saraiva abordou A Experiência de Rondônia com a Rede de Observação de Impactos em Apoio à Validação dos Mapas Mensais. Já Carneiro falou acerca dos pluviômetros, equipamento para medição de chuvas, e seu uso no território rondoniense. O último painel da programação tratou da Correlação entre Severidade de Seca do Mapa do Monitor de Secas do Brasil e a Evapotranspiração de Referência no Estado de Sergipe. O tema foi exposto pelo doutorando em Meteorologia Aplicada da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Josielton Santos. Cinco representantes estaduais com atuação no Monitor, um de cada região do País, tiveram espaço para compartilhar experiências. O primeiro deles foi o coordenador do Centro de Prevenção de Desastres Ambientais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA), Caco Graça, que fez uma apresentação com o tema Maranhão, sua Água e a Falta dela. Já o analista ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (FEMARH/RR) Ramón Wellengson falou sobre a temática Roraima no Monitor de Secas: Desafios e Soluções. Renato Senna, Maycon Castro e Samanta Lacerda apresentam o painel com o tema O Panorama da Seca no Amazonas em 2023/24 e o Uso do Monitor de Secas como Auxílio à Gestão Já o analista ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA/RS) Adriano Battisti fez apresentação sobre A Seca no Rio Grande do Sul: Protótipo Protocolo de Ações. Juliana Gomes, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA/DF), compartilhou a experiência do DF desde sua entrada no Monitor de Secas. Por fim, a meteorologista Cinthia Avellar, representante do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (INEA/RJ), apresentou a trajetória do estado no Monitor. O Monitor de Secas O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua

Resolução Nº 03.2024 – Aprova o Plano de recursos Hídricos da RH Médio Jaguaribe

https://portal.cogerh.com.br/wp-content/uploads/2023/04/Resolu%C3%A7%C3%A3o-N%C2%BA-03.2024-Aprova-o-Plano-de-recursos-H%C3%ADdricos-da-RH-M%C3%A9dio-jaguaribe.pdf Originalmente em: https://portal.cogerh.com.br/plano-de-recursos-hidricos-da-regiao-hidrografica-do-medio-jaguaribe/resolucao-no-03-2024-aprova-o-plano-de-recursos-hidricos-da-rh-medio-jaguaribe/

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