UFC reúne 21 laboratórios para criação de Centro Estratégico de combate à seca no Ceará

Pesquisadores produzem conhecimento e soluções para contribuir com políticas públicas Conhecer os efeitos da falta de água e criar soluções tecnológicas será a missão do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (Cepas), fundado na Universidade Federal do Ceará neste mês. São reunidos 21 laboratórios científicos para articulação de políticas públicas com o governo. Devem ser produzidos pesquisas científicas e produtos para contribuir com políticas públicas de combate à seca. Participam estudiosos das Engenharias, Física, Geologia, Sociologia, Administração e Direito, em torno de 9 temas prioritários que foram elencados com base nas necessidades do Estado (veja a lista abaixo). Essa iniciativa surge diante do contexto em que cientistas apontam prejuízos na quadra chuvosa de 2024 no Ceará devido ao fenômeno conhecido como El Niño. Essa possibilidade tem impacto para a vida cotidiana e produção de alimentos no Estado. O Cepas pretende fortalecer vínculos com a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), além da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Conheça os 9 temas prioritários: O projeto do Cepas já foi aprovado pelo Conselho Universitário e o reitor Custódio Almeida apresentou o professor Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, como futuro diretor do Centro. O projeto do Cepas já foi aprovado pelo Conselho Universitário e o reitor Custódio Almeida apresentou o professor Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, como futuro diretor do Centro. “Isso por si só já é um desafio enorme: conseguir uma articulação e fazer conversar com tantos saberes diferentes”, resumiu. Francisco contextualizou que a iniciativa surgiu com a troca de conhecimento entre os laboratórios já existentes na UFC atuantes no Programa Cientista Chefe, da Funcap. Com relação à criação da política de recursos hídricos para a seca, já existe um projeto apresentado pelo professor que prevê o desenvolvimento de um plano de gestão proativa para todos os reservatórios de água operados pela Cogerh. A ideia é facilitar o processo de tomada de decisão em situações emergenciais. De modo geral, os temas definidos como prioritários já fazem parte da rotina de estudos nos laboratórios da UFC. “Agora, vamos trabalhar com novos métodos para revisitá-los. Precisamos de uma abordagem multidisciplinar, que é mais sofisticada”, ponderou Francisco de Assis. Como será formado o Cepas O Conselho Universitário definiu a formação de um Conselho Gestor, que será formado por um diretor-geral, um vice-diretor e o líder de cada laboratório ou núcleo que o integra. O diretor e o vice serão escolhidos pelo reitor, entre os membros do Conselho Gestor. Os laboratórios participantes são: Originalmente em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/ufc-reune-21-laboratorios-para-criacao-de-centro-estrategico-de-combate-a-seca-no-ceara-1.3447238

UFC cria Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas, reunindo 21 laboratórios de diversas áreas

Entre 2012 e 2018, o Nordeste brasileiro enfrentou a mais longa seca da história do País. A região viu a quebra da agricultura local e graves problemas de abastecimento humano, animal e industrial, afetando 22 milhões de pessoas. Já em 2023, a Amazônia, uma das regiões com maior volume de água doce do planeta, assistiu a uma seca como nunca vista. Para o ano que vem, a previsão é de que o Nordeste volte a sofrer com falta de água, desta vez devido ao fenômeno El Niño. Situações como essas vêm ocorrendo com cada vez mais frequência. A necessidade de enfrentar os inúmeros problemas relacionados à escassez hídrica, de desenvolver tecnologias para mitigar esses efeitos e de aprimorar os mecanismos de gestão estimulou a Universidade Federal do Ceará a criar, no último dia 17, o Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS). A ideia de construir uma política de recursos hídricos para a seca é uma das prioridades para o CEPAS (Foto: Viktor Braga/UFC) O CEPAS tem um pé na pesquisa acadêmica e outro no desenvolvimento de produtos e modelos práticos que possam ajudar as políticas públicas. Para isso, vai reunir 21 laboratórios de diferentes áreas, como as engenharias, Física, Geologia, Sociologia, Administração e Direito, em torno de nove temas prioritários, definidos a partir de demandas do próprio Estado. “Isso por si só já é um desafio enorme: conseguir uma articulação e fazer conversar tantos saberes diferentes”, diz o Prof. Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, apresentado como futuro diretor do Centro pelo reitor Custódio Almeida, após a aprovação do projeto no Conselho Universitário (CONSUNI). Outro desafio é a articulação com o poder público. Para isso, no entanto, já há conversas bem avançadas com a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), todas ligadas ao poder estadual, além da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), do Governo Federal. De acordo com o prof. Francisco de Assis, a ideia do CEPAS nasceu a partir da troca de experiências dos vários laboratórios da UFC no escopo do Programa Cientista Chefe, da FUNCAP, ainda em 2019. Esse diálogo fez com que os grupos mais ligados à engenharia e aos recursos hídricos começassem a perceber a importância de trabalhar com outras áreas do conhecimento. O debate sobre a gestão de águas precisou incluir aspectos como participação e conflito social, feito pelos pesquisadores da Sociologia, por exemplo. PRINCIPAIS TEMAS – Entre os temas prioritários do CEPAS está a ideia de construir uma política de recursos hídricos para a seca. O tema é um desdobramento de um projeto já apresentado pelo Prof. Assis ao Governo do Estado do Ceará e prevê o desenvolvimento de um plano de gestão proativa para todos os reservatórios de água operados pela COGERH, facilitando o processo de tomada de decisão em situações muitas vezes emergenciais. Ainda de acordo com o Prof. Assis, na lista de prioridades constam também temas como gestão da qualidade da água; definição de potencial de disponibilidade e de um modelo de gestão para as águas subterrâneas; eficiência no uso da água na irrigação; regulação dos serviços hídricos de irrigação; abastecimento de populações rurais; desenvolvimento e regulação de uma matriz de abastecimento de água do Estado; prospecção e avaliação das políticas públicas; e alocação negociada dos recursos hídricos e fortalecimento dos mecanismos de gestão. De algum modo, boa parte desses temas já são abordados atualmente nos laboratórios da UFC. “Agora, vamos trabalhar com novos métodos para revisitá-los. Precisamos de uma abordagem multidisciplinar, que é mais sofisticada”, avalia o Prof. Francisco de Assis. O Prof. Assis de Souza Filho foi apresentado como futuro diretor do CEPAS (Foto: Viktor Braga/UFC) ESTRUTURA – De acordo com a resolução aprovada pelo CONSUNI, o CEPAS contará com um Conselho Gestor, que será a instância executiva. O Conselho será formado por um diretor-geral, um vice-diretor e o líder de cada laboratório ou núcleo que o integra. O diretor e o vice serão escolhidos pelo reitor, entre os membros do Conselho Gestor. Conheça os laboratórios que participam do CEPAS: – Laboratório de Gerenciamento de Risco Climático para a Sustentabilidade Hídrica (GRC)– Laboratório de Monitoramento e Alerta Precoce de Secas– Laboratório de Injeção de Água, Óleo, Gás e CO2 em Rochas-Reservatórios (ICARE6)– Laboratório de Hidrologia Isotópica– Laboratório de Estudos da Violência (LEV)– Grupo de Pesquisa em Alocação de Água, Participação Social e Democracia (ALOCAR)– Laboratório de Simulação Hidrológica– Laboratório de Hidrogeologia– Laboratório de Hidráulica Computacional– Laboratório de Recursos Hídricos (LRH)– Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação (LMSP)– Laboratório de Geotécnica e Prospecção (LAGETEC)– Laboratório de Qualidade e Tratamento de Água (SELAGUA)– Laboratório de Processos Oxidativos Avançados (LabPOA)– Laboratório de Eletrônica e Mecânica Agrícola (LEMA)– Earth Observation Labomar Laboratory (EOLLAb)– Signal and Information Processing for Data Analysis and Learning System (SPIRAL)– Laboratório de Estudos em Competitividade e Sustentabilidade (LECoS)– Núcleo de Estudos em Economia do Meio Ambiente (NEEMA)– Laboratório de Sistemas e Bancos de Dados– Laboratório de Cartografia Social e Geoprocessamento (LABOCART) Originalmente em: https://www.ufc.br/noticias/noticias-de-2023/18379-ufc-cria-centro-estrategico-de-excelencia-em-politicas-de-aguas-e-secas-reunindo-21-laboratorios-de-diversas-areas

CONSUNI cria centro de políticas de água e secas, reestrutura atendimento à saúde para alunos e servidores e converte UFC Informa em secretaria

O Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal do Ceará, em reunião ordinária realizada na manhã desta sexta-feira (17), aprovou, entre outras pautas, a criação de um novo órgão suplementar vinculado à Reitoria, o Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Água e Secas (CEPAS). O processo foi relatado pelo Prof. Wandemberg Ferreira, do Departamento de Física, e trouxe à discussão, além da minuta da resolução que oficializa o equipamento (o qual substitui o Núcleo de Pesquisas em Águas Subterrâneas, Superficiais e Atmosféricas da UFC), o regimento interno e a lista de laboratórios e núcleos integrantes. Na mesma sessão, houve reestruturação interna da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP), que reorganiza o atendimento médico e odontológico para estudantes e servidores, dentre outros serviços. Por fim, os conselheiros aprovaram a transformação da Coordenadoria de Comunicação e Marketing em Secretaria de Comunicação e Marketing (UFC Informa). O reitor Custódio Almeida socializou a informação de que a UFC deve deixar o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério da Educação (MEC). Segundo o presidente do Conselho, a medida se deve a discordâncias na formatação e administração do programa, bem como sobre a natureza dos vínculos trabalhistas de professores e tutores. “A ideia é repensar todo o campo do ensino semipresencial na nossa Instituição, concebendo um modelo que pode inclusive ser inspiração para o Brasil”, adiantou. Conselheiros votaram, dentre outras pautas, a criação de centro de excelência em água e secas, reestruturação nos serviços de atendimento à saúde da PROGEP e elevação do status da UFC Informa a secretaria. (Foto: Ribamar Neto/ UFC Informa) No tocante ao CEPAS, serão agregados ao novo centro os seguintes laboratórios de pesquisa das unidades acadêmicas que se dedicam ao universo das seca, recursos hídricos e temas transversais: Laboratório de Gerenciamento do Risco Climático para a Sustentabilidade Hídrica (GRC); Laboratório de Monitoramento e Alerta Precoce de Secas; Laboratório de Injeção de Água, Óleo, Gás e CO2 em Rochas-Reservatório (ICARE6); Laboratório de Estudos da Violência (LEV); Laboratório de Hidráulica Computacional; Laboratório de Hidrologia Isotópica; Laboratório de Hidrogeologia (LABHI); Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação (LMSP); Laboratório de Eletrônica e Mecânica Agrícola (LEMA); Laboratório de Simulação Hidrológica; Laboratório de Qualidade e Tratamento de Água (SELAQUA); Laboratório de Recursos Hídricos (LRH); Laboratório de Cartografia Social e Geoprocessamento (LABOCART); Laboratório de Geotécnica e Prospecção (LAGETEC); Signal and Information Processing for Data Analysis and Learning Systems (SPIRAL); Grupo de Pesquisa em Alocação de Água, Participação Social e Democracia (ALOCAR); Laboratório de Processos Oxidativos Avançados (LABPOA); Earth Observation Laboratory (EOLLAB); Laboratório de Sistemas e Bancos de Dados (LSBD); Laboratório de Estudos em Competitividade e Sustentabilidade (LECOS); e Núcleo de Estudos em Economia do Meio Ambiente (NEEMA). O centro se propõe formular, acompanhar, avaliar e difundir programas e políticas de gestão de águas e gestão de secas, bem como produzir conhecimento para a inovação de práticas e tecnologias em gestão de secas e gestão de recursos hídricos. Além do aspecto da gestão, um de seus focos de atuação será promover qualidade de vida e segurança hídrica para populações humanas da região, primando pela sustentabilidade nos usos sociais e ecossistêmicos da água. De acordo com o líder da proposta, o Prof. Francisco de Assis Filho (Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental), com a implantação, a UFC passa agora para um novo patamar com relação às expertises mobilizadas para a concretização do centro. Ele também relatou os passos institucionais que conduziram ao momento atual. “Em 2017, foi criado o Núcleo de Águas Subterrâneas, Superficiais e Atmosféricas da UFC. Já em 2019, foi assinada uma portaria de colaboração entre UFC, Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME). A partir desses diálogos, foi visto que a UFC tinha condições de protagonizar o movimento de prevenção às secas. Tecnologia, saúde, ciências costeiras, direito e psicologia são áreas que já estão mapeadas e deverão ter relações estreitadas a partir de projetos”, afirmou o pesquisador. Reitor Custódio Almeida anunciou aos presente a desvinculação dos cursos semipresenciais da UFC do sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB). (Foto: Ribamar Neto/ UFC Informa) REFORÇO NA COMUNICAÇÃO – Tendo como relator o pró-reitor de Planejamento e Administração (PROPLAD), Prof. João Guilherme Matias, outra pauta de destaque foi a conversão da UFC Informa, atualmente órgão de assessoramento direto do reitor, em secretaria autônoma vinculada à Reitoria. “Ao deixar de ser uma coordenadoria, a UFC Informa deixará de ser um órgão de assessoramento direto do reitor, passando a ser um órgão suplementar, subordinado à Reitoria em termos administrativos, mas com uma missão diferente: sistematizar e coordenar as ações de comunicação de toda a Universidade, esperando-se melhorar tanto os processos de comunicação interna como a comunicação com o restante da sociedade”, defendeu o relator em seu parecer. Assumindo a nova secretaria, a Profª Kamila Bossato explicou que, durante o curso dos últimos quatro anos, observou-se a instrumentalização da comunicação institucional para promoção pessoal e não somente para o compartilhamento de informações e a promoção da marca da Universidade. “Este é o momento da mudança. Não que a transformação em secretaria vá impedir que isso aconteça novamente, mas já é uma forma de blindar. Por isso e por ser uma área estratégica, uma das prioridades é a construção da política institucional de comunicação”, ressaltou a docente. Agora secretária de Comunicação e Marketing, Profª Kamila Bossato disse que a construção da política de comunicação será prioridade da UFC Informa, resguardando a autonomia do organismo e os princípios da comunicação pública. (Foto: Ribamar Neto/ UFC Informa) Na sequência, o reitor Custódio Almeida frisou ser lamentável que os concursos da categoria técnico-administrativa para o cargo de jornalista estejam, atualmente, suspensos pelo Decreto nº 10.185/2019, sancionado na gestão presidencial anterior. “A expectativa é pela revogação e pelo retorno de concursos que fortalecerão mais ainda a área”, afirmou o dirigente. REDESENHO DA PROGEP – Outra pauta de grande abrangência foi a proposta de alteração do regimento da Reitoria que redefine a estrutura interna da PROGEP, com a criação da Coordenadoria de Relacionamento e Experiência do Servidor (CORE). O novo organismo agregará a já existente Central de Relacionamento (que passará a ser uma divisão dessa coordenadoria). A ela, se unirão duas divisões recém-criadas: Divisão

Docente da UFC recebe prêmio da Associação Brasileira de Recursos Hídricos

O Prof. Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (DEHA) da Universidade Federal do Ceará, foi agraciado com o Prêmio Flávio Terra Barth, da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro). A premiação ocorreu durante o XXV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, realizado de 19 a 24 de novembro, em Aracaju (Sergipe). O Prof. Francisco de Assis Filho é cientista-chefe da área de Recursos Hídricos da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), membro do Comitê Assessor de Engenharias e Ciências Ambientais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), representante da comunidade científica no Fundo Setorial de Recursos Hídricos e criador do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (CEPAS) da UFC. O Prêmio Flávio Terra Barth tem o objetivo de reconhecer a atuação de profissionais que tenham se destacado por contribuições significativas para a gestão dos recursos hídricos no Brasil (Foto: ABRHidro) “Fiquei muito emocionado e feliz com a outorga deste prêmio. Entendo que é um reconhecimento da importância nacional da comunidade de recursos hídricos do Ceará e do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da UFC”, comenta. O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil: Recursos Hídricos, Saneamento Ambiental e Geotecnia (POSDEHA) da UFC, Prof. Iran Eduardo Lima Neto, destaca as colaborações do homenageado ao programa. “O POSDEHA agradece ao Prof. Assis pelas suas valiosas contribuições como coordenador, professor, pesquisador e interlocutor entre a universidade, o poder público e a sociedade, que certamente têm nos ajudado a manter o nível de excelência internacional”, considera. SAIBA MAIS – O Prêmio Flávio Terra Barth tem o objetivo de reconhecer a atuação de profissionais que tenham se destacado por contribuições significativas para a gestão dos recursos hídricos no Brasil. É concedido a cada dois anos durante os Simpósios Brasileiros de Recursos Hídricos da ABRHidro. Os nomes dos indicados ao prêmio podem ser sugeridos por qualquer associado da entidade. Um comitê formado por membros do Conselho Consultivo, da Diretoria Executiva e por participantes externos analisa os nomes sugeridos e escolhe o vencedor, que recebe um certificado e uma escultura. Originalmente em: https://www.ufc.br/noticias/noticias-de-2023/18403-docente-da-ufc-recebe-premio-da-associacao-brasileira-de-recursos-hidricos

Reitoria recebe o governador Elmano de Freitas para apresentar projetos em recursos hídricos, meio ambiente, saúde e cultura

O reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Custódio Almeida, e a vice-reitora, Profª Diana Azevedo, recepcionaram na tarde desta quinta-feira (26) o governador do Ceará, Elmano de Freitas, no Gabinete e no Salão Dourado da Reitoria. Na ocasião, os gestores conversaram sobre pautas de interesse comum e parcerias institucionais entre a UFC e o governo estadual, bem como discutiram quatro projetos estratégicos nas áreas de segurança hídrica, meio ambiente, inovação em saúde e cultura/economia criativa. Durante o encontro, Elmano pôde conhecer as principais iniciativas em desenvolvimento e as propostas da Universidade para impulsionar esses setores no Estado. É a primeira vez que o governador visita institucionalmente a UFC desde que assumiu seu mandato, em janeiro de 2023. Na primeira visita institucional do governador, o reitor e a vice-reitora trataram de pautas comuns do Governo do Estado e da UFC, bem como apresentaram projetos estratégicos da Universidade que servirão à população cearense. (Foto: Arlindo Barreto) Em momento de exposição no Salão Dourado, o Prof. Francisco Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental e ex-Cientista Chefe de Recursos Hídricos, apresentou o projeto do Centro Estratégico de Excelência em Política de Águas e Secas (CEPAS). O centro deve agregar 21 laboratórios e grupos de pesquisa associados a 13 programas de pós-graduação de diversas unidades acadêmicas da UFC, com o objetivo de promover a inovação na gestão dos recursos hídricos e a ação integrada de órgãos do sistema de recursos hídricos no Ceará. Com o advento do CEPAS e de uma política de planejamento proativo de secas nas regiões hidrográficas, sistemas hídricos e cidades, espera-se que o Ceará esteja mais preparado para mitigar os efeitos das secas e reduzir os impactos para a população e a economia. Os pesquisadores afiliados ao centro atuam especialmente nos temas de gestão proativa de secas, segurança da infraestrutura hídrica (barragens, obras de transferência hídrica), qualidade da água, gestão de águas subterrâneas, democratização e participação pública na gestão de águas, abastecimento e segurança hídrica de populações rurais. Veja outras imagens do encontro no Flickr da UFC “Quando as secas de fato começam, algumas das ações que podemos tomar para reduzir seus danos já ‘evaporaram’. Como alternamos períodos de anos seguidos de umidade, com outros de anos de seca em sequência, muitas das políticas são descontinuadas, perde-se a memória. O termômetro das secas é o nível dos reservatórios. Temos medidas que devem ser priorizadas em cada um dos níveis de reserva hídrica”, explicou o Prof. Assis Filho. Ele salientou ainda a importância de unir base técnico-científica e participação social para resolver com sustentabilidade o problema institucional de abastecimento no Estado, especialmente nas comunidades rurais. “A UFC, com seus vários grupos de pesquisa e laboratórios dedicados ao tema, pode ser um núcleo extremamente importante para capilarizar esse conhecimento para todo o Estado. Temos condições de ajudar muito o Ceará, principalmente devido à conjuntura atual, com o presidente Lula, o ministro Camilo, o governador Elmano e o reitor Custódio”, enumerou o pesquisador. Em um segundo momento, foi a vez do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da UFC, representado pelo Prof. Marcelo Soares, apresentar o projeto de uma estação científica e centro de formação no Parque Nacional de Jericoacoara. A 300 quilômetros de distância da capital, o parque é o mais visitado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A iniciativa será desenvolvida em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), e a ideia é que, além da estação mencionada, o complexo agregue um centro de visitantes e uma escola de formação continuada em turismo sustentável, com espaço para eventos, alojamentos, laboratórios e salas de aula. Além do Prof. Marcelo Soares, do LABOMAR (de pé, à dir.), que falou sobre a proposta de uma estação científica da UFC em Jericoacoara, ocorrerão outras três apresentações; projetos necessitam do apoio das três esferas de poder para serem viabilizados em plenitude. (Foto: Arlindo Barreto) O propósito da estação a ser construída é ser um posto avançado da Universidade no parque, que tem recebido demanda turística em alto volume e sido visado por empreendimentos de especulação imobiliária. O equipamento será aberto para a comunidade científica, moradores da região e turistas, com perspectiva de fomentar ações de educação ambiental, preservação dos ecossistemas marinhos e de prover suporte às políticas públicas. Com área construída de 1.840 metros quadrados e investimentos previstos da ordem de R$ 6 milhões de reais, a estação científica da UFC em Jericoacoara terá potencial de possibilitar a interiorização da ciência e do ensino superior, e de qualificar internacionalmente as pesquisas focadas em questões socioambientais, oceanos, turismo sustentável e transição energética. “Estão ocorrendo grandes problemas socioambientais na região. O segundo ponto turístico mais frequentado, que é a duna do pôr do sol, se degradou a ponto de desaparecer. E é o único, dentre os quatro parques nacionais mais visitados do Brasil, que não tem a presença de uma universidade. Os outros três possuem universidades federais dando suporte às políticas públicas”, relatou o Prof. Marcelo Soares, acrescentando que a estrutura será totalmente integrada ao ecossistema da região, abrigando a primeira escola de turismo sustentável do Ceará e contrapondo o turismo predatório ou “de rede social”. Segundo ele, o objetivo é instalar em uma área desassistida de suporte científico um centro de excelência em meio ambiente e sustentabilidade. “Apresentamos [o projeto] para o empresariado e a comunidade locais, e a população quer a nossa presença lá, acreditam que a UFC tem todo o potencial para salvar Jericoacoara, porque, como uma moradora nos disse, ‘universidade é conhecimento, e conhecimento é poder’”, finalizou. DISTRITOS DE SAÚDE E ECONOMIA CRIATIVA – A terceira apresentação foi referente ao Distrito de Inovação em Saúde Viva@Porangabuçu, um cluster de ciências da vida e de saúde coletiva a ser instalado no bairro Rodolfo Teófilo, onde fica o Campus Porangabuçu da UFC. A apresentação foi feita pela arquiteta Lia Parente, coordenadora técnica do projeto. O distrito propõe a integração de equipamentos de saúde já existentes na área, a exemplo do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH, com a requalificação urbana e melhoria dos serviços públicos. Por meio de um

Cogerh e Programa Cientista Chefe discutem avanços de Projeto sobre Alocação Negociada de Água

A Cogerh e o Programa Cientista Chefe dos Recursos Hídricos promoveram, nesta semana, um seminário para apresentação do Projeto ALOCAR para tratar dos avanços e reflexões sobre a política de Alocação Negociada de água no Ceará, com participação de técnicos de todas as instituições que compõem o Sistema de Recursos Hídricos Estadual. O Projeto, por meio do Programa Cientista Chefe da Funcap, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Cogerh, vem se debruçando sobre esta metodologia para indicar melhorias e garantir mais segurança hídrica aos cearenses. A Alocação Negociada de Água é a concretização da operação participativa dos reservatórios. Esse modelo de gestão só veio a ser possível com a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, que trouxe significativas melhorias no processo de definição da operação dos açudes, isto é, da quantidade de água que esses reservatórios liberam. “A alocação negociada define quem produz e qual tipo de riqueza será produzida. Quem define onde vai a água, de forma estratégica, decide também o desenvolvimento econômico da região. Essa é a discussão fundamental para os Comitês de Bacia. Eles são entidades ligadas ao estado e não devem se comportar de forma privada, mas sim como um grupo que atua pela gestão coletiva dos recursos hídricos. Portanto, os Comitês devem ser apoiados pelo Estado”, explicou Francisco Assis, cientista-chefe de Recursos Hídricos do Ceará e coordenador do Projeto. Histórico, diagnóstico e análise Durante os dois dias de evento, foram debatidas questões relativas ao histórico, diagnóstico e análise da alocação, além dos conflitos pelo uso da água, participação social como estratégia de mediação, regime hidrológico, impactos da seca, instrumentos de gestão e os riscos e incertezas para o futuro. Além disso, foram apresentados estudos sobre o Relatório de Cálculo das Afluências aos Reservatórios Estratégicos, que padroniza a metodologia para geração de vazões e sobre os Planos de Gestão Proativo de Seca já trabalhados em diferentes hidrossistemas cearenses, em que são desenvolvidas ações para gestão de recursos hídricos em situação de escassez, aperfeiçoando o planejamento nas regiões. Para assistir às apresentações, acesse aqui o canal do YouTube do Programa Cientista Chefe dos Recursos Hídricos. “O trabalho em parceria com o Programa Cientista Chefe tem dado resultados muito importantes para a Companhia, como os Planos de Recursos Hídricos das 12 regiões hidrográficas do Estado”, elogiou o Diretor de Planejamento da Cogerh, João Lúcio Farias. Para Tércio Tavares, Diretor de Operações da Cogerh, essa parceria é aumentada para garantir sustentabilidade a longo prazo das instituições parceiras e da Cogerh. “Essa cooperação entre os entes públicos e a Academia é vital, tornando a linguagem, muitas vezes inconcebível, em algo de fácil compreensão. Muitas vezes, contratamos empresas de fora que não deixam um legado tão grande na instituição, enquanto, com a Academia, o serviço é mais em conta e com melhor qualidade, deixando tecnologia dentro da nossa empresa”, afirmou o Diretor. Originalmente em: https://www.ceara.gov.br/2023/06/02/cogerh-e-programa-cientista-chefe-discutem-avancos-de-projeto-sobre-alocacao-negociada-de-agua/

en_USEN